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tempos de maracujá!

Quarta 20 Out – Green Day / 21st Century Breakdown Tour

o êxtase com a confirmação de que a turnê do 21st Century Breakdown passaria por São Paulo. a frustração de chegar da escola pra comprar os ingressos e descobrir que os queridos ingressos de pista premium haviam acabado há duas horas. e então a felicidade de finalmente pôr as mãos em um ingresso com GREEN DAY impresso. a tensão com o dia do show se aproximando.
nada se igualaria a sensação que me tomou quando me juntei àquele monte de gente alinhada ao redor da Arena Skol, embaixo de um sol escaldante em meio ao ceu inigualavelmente azul: parte do cenário a que Billie Joe mais tarde anunciaria, "This is a fucking celebration!".
a partir dali a contagem regressiva foi quase insuportável, o relógio parecia estar de brincadeira. só então, após várias horas sentada, levar um susto ao voltar do banheiro e encontrar todo mundo de pé, sentar novamente junto a um pessoal contra o fluxo da multidão que insistia em avançar. porém, com inusitada presença de Tré vestido de Cup Noodle, a agitação tomou conta, e tivemos que dar fim à querida fogueira de papel, e nos levantar. pouco depois a banda de abertura subiu ao palco.
e, pra falar a verdade, fiquei bem decepcionada. achei que esse método que eles tinham escolhido de votação fosse livrar-nos de uma banda nada a ver, mas parece que não. e a prova disso está no título dessa crítica: tempos de maracujá. o único verso que eu consegui decifrar de todas as músicas, e também o suficiente pra denegrir a imagem que eu estava formando da Nevilton. veja bem, não estou falando mal, talvez eu tenha dado azar de só escutar as partes chatas das músicas, ou talvez eu não seja madtura o suficiente pra compreender a complexidade dos tempos maracujanos. hm. certo.
continuando. foi nesse período que percebi que não conseguiria assistir o show do lugar onde estava, então, sem tempo de despedidas, ou apresentações, migrei pro canto direito do palco, de onde conseguia pelo menos avistar o palco e um dos telões perfeitamente. fiquei preocupada com o áudio, mas no fim deu tudo certo.
quando Bunny subiu ao palco e YMCA começou a tocar, a ficha caiu. era isso: eu veria Green Day logo menos.
em poucos minutos Song of the Century ecoou pela pista, e o show começou. Mike, Tré e Billie apareceram e deram início a time of my life (mas que trocadilho simpático rs). música após música, "eh oh"s após "hey oh"s, passando por todas as minhas músicas favoritas. relembrando épocas, trazendo emoções, fazendo daquelas três horas e 20 mil pessoas um espetáculo de fazer inveja a qualquer americano. principalmente com o inesperado, "I fucking hate america, and I'm now moving to São Paulo, Brazil."
A interação com o público durou todo o show, prova da incrível presença de palco e carisma dos americanos. Destaque para as "armas" de papel higiênico e de água, os lançadores de camisetas, e ainda, Billie convidou ao todo quatro pessoas ao palco, um cara durante Know Your Enemy, logo no começo do show, a quem Billie disse pra pular do palco, e que, após alguma relutância, obedeceu.
Em East Jesus Nowhere chamou o Gabriel ("where are you from?" "daqui") para "exorcisar". Em Are We The Waiting chamou uma mulher (a quem deu um selinho), e por fim a lenda que cantou Longview, quem Billie disse ter sido "the best singer of the whole fucking tour". e não por pouco, depois de dar um selinho no sr. Armstrong, correr no palco feito louco, fazer massagem nos ombros do Tré e tomar uma das baquetas da mão dele pra bater em um dos pratos, o cara ainda ouviu um, "you are fucking crazy" antes de levar pra casa a guitarra do Billie, a baqueta do Tré, e ainda a camiseta escrita "STUPID". ouviu também os calorosos dizeres de inveja do público que pegava fogo, "filha da puta!".
o trio ainda tocou um repertório de músicas old schools, com clássicos como Burnout, Stuck With Me e Paper Laterns. e extravasou na divertida King for a Day, na qual todos os membros da banda se fantasiaram com apetrechos cafonas, e logo após, deram seu show individual.
Na setlist também entraram covers de nomes como The Rolling Stones, The Who, Guns n' Roses, AC/DC e The Beatles, em performances pra ninguém pôr defeito.
No encore final, aquela sensação de, "jksadhlaks tá acabando" apareceu junto com Wake Me Up When September Ends, e se estabeleceu quando "it's something unpredictable, but in the end it's right, i hope you had the time of your life" ressoou por toda aquela gigante arena.
E no fim, não tive dúvidas. Vivi os melhores momentos da minha, até que curta, vida. E percebi o quão sortuda eu era por estar ali, participando do que, tenho certeza, ficaria registrado na memória de 20 mil pessoas como algo além de um sonho realizado. E da mesma maneira que, ao longo dos anos, as letras começaram a fazer sentido, me dei conta de que aquele era um marco que não teria o mesmo significado se não tivessem adiado por 12 anos a vinda ao Brasil. Ter consciência de todo o significado daquela celebração valeu cada ano de expectativas. Olê Olê Olê Olê Green Day, Green Day!

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